Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
A lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata, prateando a imensidão
E a gente pega na viola e ponteia
E a canção é lua cheia, a nos nascer do coração
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Mas como é lindo
ver depois por entre o mato
deslisar calmo regato,
transparente como um véu
No leito azul
das suas águas murmurando
e por sua vez roubando
as estrelas lá do céu
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir um galo triste
No sertão, se faz soar
Parece até que a alma da lua
É que descamba
Escondida na garganta
Deste galo a soluçar
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Ai que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão
Este luar cá da cidade
é tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Não há, ó gente, oh! Não ...
Luar como esse do sertão
Composição: Catulo da Paixão Cearense / João Pernambuco
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