Marie Curie - Uma das mais brilhantes Cientistas


Marie Curie (1867-1934) - A primeira mulher do mundo a ganhar um prémio Nobel, pelo seu trabalho na investigação da radioactividade.




Marie Curie, nome assumido após o casamento por Maria Skłodowska, nasceu em 7 de Setembro de 1867 em Varsóvia, Polônia. Foi a quinta filha e a mais nova do professor de física e matemática, Wladyslaw Sklodowski e da cantora, pianista, professora e directora co colégio Bronsilawa Boguska. Desde muito cedo mostrou-se uma excelente aluna e destacava-se pela sua prodigiosa memória.



Aos nove anos a pequena Maria perde a sua irmã mais velha de tifo e dois anos depois a sua mãe morreu vítima da tuberculose.

Em 1883 com 16 anos, ganha uma medalha de ouro pelos seus estudos na sua escola secundária, o Russian Lycée de Varsóvia. Como o seu pai era professor, e não possuía muitos recursos financeiros, ela teve de começar a trabalhar como professora.

Aos 18 anos arranja emprego como governanta, para financiar os estudos de Medicina da irmã Bronia em Paris, França, com a ideia de que Bronia futuramente, quando se formasse, pagaria também os seus.

Marie e Bronia


Em 1891, Maria Sklodowska foi para Paris estudar na Universidade de Sorbonne, onde começou a estudar e assistir as aulas de Paul Appel, Gabriel Lippmann (que futuramente seria o primeiro a apresentar suas descobertas para a academia de ciências), e Edmond Bouty. Lá conheceu Jean Perrin, Charles Maurain e muitos outros físicos que fariam parte de sua vida.
Trabalhava durante a noite nos seus estudos e praticamente vivia a pão com manteiga e chá. Além de encontrar dificuldades financeiras, enfrentava o preconceito que sofria devido ao facto de ser mulher e estrangeira.
Em 1893 diplomou-se em ciências físicas com as melhores notas da sua turma e começou a trabalhar no laboratório de pesquisas de Lippmann.




Em 1894, graduou-se em matemática com a segunda melhor nota. Neste mesmo ano conheceu Pierre Curie numa visita a casa de um amigo e cientista polaco. Neste período, Maria estava com 27 anos e Pierre tinha 35.




Ele já era chefe dum laboratório de física. Os dois tinham muito em comum: o amor pela natureza e pelo campo, pouca ambição financeira e uma grande paixão pela pesquisa e os estudos. Apesar de ter uma mãe extremamente religiosa, Maria era mais crente na ciência, o que lhe fez abandonar a igreja depois dos vinte anos e realizar seu casamento com Pierre Curie numa cerimónia civil.




O seu casamento em 25 de Julho de 1895 marcava o começo de uma sociedade que logo alcançou resultados de significado mundial. Marie e Pierre casaram e uniram esforços para estudar as substâncias radioactivas.



Nas suas pesquisas, efectuadas num pequeno barracão demasiado ventilado e exposto às intempéries, descobriram que o urânio continha largas doses de radioactividade.
Nasce a sua primeira filha, Irene em 1897.




É em 1898, que depois de um longo trabalho com o marido, isola dois novos elementos radioactivos : o Polônio (que recebeu este nome em homenagem a seu país natal) e o Rádio.




É indicada conferencista de Física na Escola Normal Superior de Sèvres, França, em 1900.
Em 1903, Marie finalmente defende a sua tese e obtém o título de doutora pela Sourbonne tornando-se a primeira mulher a receber o título nesta universidade.


No final do mesmo ano, Marie, Pierre Curie e Becquerel, recebem a medalha Davy da Real Sociedade inglesa e o prémio Nobel de Física pela descoberta da radioatividade. Facto inédito na época, para uma mulher. Ela tem nessa altura 35 anos.

Becquerel, Pierre e Marie

Em 1904 nasce a segunda filha Eve. Marie torna-se assistente chefe do laboratório do marido, na Universidade de Paris.




Em 1906, no dia 19 de Abril, Pierre, enfraquecido e esgotado com o trabalho e com a prolongada exposição à radioactividade, morre após ter sido atropelado por um carro. Ela assume o cargo dele como professora na Universidade de Sorbonne e torna-se membro da Academia Francesa de Medicina, duas posições inéditas para uma mulher.




Apesar da morte do marido, Marie continuou as suas actividades , publicando em 1910 o tratado de radioactividade, ganhando o segundo e inédito Prémio Nobel, desta vez em química, em 1911 com 43 anos, por ter conseguido isolar o elemento rádio e explicado as suas características químicas.




Em 1914 ajudou à fundação do Instituto de Radio, em Paris e foi a primeira directora do Instituto. Começa a trabalhar no desenvolvimento dos raios X com a sua filha Irene.




Quando eclodiu a primeira guerra mundial, Madame Curie apercebeu-se de que os raios X iram permitir detectar balas e facilitar as cirurgias. Como era de extrema importância que os feridos não fossem deslocados, ela inventou também carrinhas de transporte de aparelhos de raios X e treinou cerca de 150 mulheres para trabalharem com esses aparelhos.



Em 1921 Marie Curie viaja para os Estados Unidos com as filhas para fazer conferências sobre radioactividade e desta forma angariar fundos para a pesquisa. Viaja também pela América do Sul e Europa com o mesmo objectivo.




Fundou o Instituto do Rádio, em Paris. Em 1922 tornou-se membro associado livre da Academia de Medicina.
Em 1926, Irene Curie casa-se com o físico francês Frédéric Joliot (1900-58) que também trabalha no Instituto.

Dá-se em 1932 a Inauguração do Instituto do Rádio em Varsóvia. A irmã de Marie, Bronia, assume a direcção.
Em 1934 os Joliot-Curies descobrem a radioactividade artificial e nesse mesmo ano em 4 de Julho, Marie Sklodowska Curie morre, em Sancellemoz,  de leucemia com 66 anos, causada provávelmente pela longa exposição aos elementos radioactivos.

A sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie, recebeu o Nobel de Química de 1935, ano seguinte da morte de Marie.
Em 1995 os seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Paris, tornando-se a primeira mulher a ser sepultada neste local.



“Marie é um marco na história da ciência; um exemplo de determinação, simplicidade, genialidade e sabedoria. Uma mulher que contribuiu muito para o progresso da ciência, a partir da sua busca incessante pelo conhecimento científico.”
Fontes: http://www.infoescola.com/biografias/marie-curie/; http://pt.wikipedia.org/; http://www.construirnoticias.com; Grande enciclopédia Larousse; outros
“Na vida, não existe nada a temer, mas a entender” Marie Curie

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