Helen keller (1880 - 1968)
"O optimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito sem esperança ou confiança." (Helen Keller)
"O optimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito sem esperança ou confiança." (Helen Keller)
Helen Adams Keller nasceu em 27 de Junho de 1880 em Tuscumbia, Alabama,
nos EUA. Filha do capitão Arthur H. Keller e de Kate Adams Keller, que
eram de familias respeitadas e tradicionais na região.
Aos dezoito meses de idade perdeu subitamente a visão e a audição e
consequentemente fica muda, devido a uma doença grave. Passou os
primeiros anos de sua infância sem orientação adequada que lhe
permitisse desenvolver-se aprendendo sobre o mundo ao seu redor.
Através do contacto que teve com Martha Washington, a filha de seis anos
da cozinheira, ela desenvolveu uma linguagem de sinais propria, com a
qual comunicava com a família.
Os pais de Helen após ouvirem falar do sucesso na educação de Laura
Bridgman (cega e surda), levaram-na ao Dr. J. Julian Chisolm,
especialista em olhos, nariz, ouvidos e garganta que nada podendo fazer,
os encaminhou para Alexander Graham Bell que na época trabalhava com
crianças surdas. Bell aconselhou que eles entrassem em contacto com o
Instituto Perkins para Cegos, que era a mesma escola onde Bridgman tinha
sido educada.
Helen Keller com 8 anos no Instituto Perkins
Michael Anaganos, director do instituto, pediu a uma antiga estudante,
Anne Sullivan que contava então 20 anos e era deficiente visual (ainda
conseguia ver, embora pouco) para que fosse tutora de Helen Keller.
Assim alguns meses antes de Helen completar 7 anos de idade, em Março de
1887, Anne Sullivan, foi morar na sua casa a fim de a ensinar. Era o
começo de uma relação que durou 49 anos.
“O dia mais importante de toda minha vida
foi o da chegada de minha professora Sullivan. Fico profundamente
emocionada, quando penso no contraste imensurável das duas vidas que se
juntaram. Ela chegou no dia 3 de março do 1887, três meses antes de eu
completar 7 anos”
Até a chegada da professora, Helen Keller ainda não falava e não
compreendia o significado das coisas. A primeira palavra sinalizada e
soletrada em sua mão foi doll (boneca) para mostrar a boneca que ela
havia levado de presente para Helen.
Helen e Anne em 1888
O grande avanço na comunicação de Helen Keller foi em Abril daquele
mesmo ano, quando ela notou que aqueles movimentos feitos por sua
professora na palma de sua mão enquanto deixava escorrer água fria na
outra mão, simbolizavam a ideia de água.
Numa sucessão rápida ela aprendeu os alfabetos braille e manual, facilitando assim, a sua aprendizagem da escrita e leitura.
“Belos dias como estes, fazem o coração bater ao compasso de uma musica que nenhum silêncio poderá destruir. É maravilhoso ter ouvidos e olhos na alma. Isto completa a glória de viver”.
Em Maio de 1888, foi estudar no Instituto Perkins. Em 1890 após saber
sobre Ragnhild Kaata uma surda-cega que aprendera a falar, Keller também
quis aprender. Na primavera desse ano teve aulas com Mrs Fuller que
atraves das vibrações da garganta e movimentos da boca e língua, ensinou
Helen a falar. No final de décima primeira lição, ela fez uma surpresa
para Annie, puxou-a pelo braço, e disse claramente: “EU NÃO SOU MAIS
MUDA”. Helen Keller aprendeu assim a falar aos dez anos.
Em 1896 voltam para Massachusetts e Keller em 1899 ingressou na escola
de Cambridge Para Jovens Senhoritas e permaneceu lá até ser admitida
para a Universidade de Radcliffe em 1900.
Helen em 1902
O seu admirador, Mark Twain apresentou-a a Henry Huttleston Rogers, um
magnata do óleo, que juntamente com a sua esposa, pagou a educação de
Helen.
Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College,
tornando-se aos 24 anos a primeira mulher surda-cega a ter um diploma de
bacharel em artes.
Durante o seu período de estudante, a professora Anne Sullivan foi a sua
orientadora constante, transmitindo todas as aulas para Helen, através
do alfabeto manual, encorajando-a e estimulando-a. Todos os livros de
consulta que não existiam em braille eram laboriosamente soletrados
pelas mãos de Helen. Além das aulas da Universidade, Anne soletrava
aulas de francês, latim e alemão.
A sua professora Anne continuou como sua companheira, tendo-se casado em
1905 com John Macy, eminente critico literário. O casamento não
interrompeu o relacionamento de aluna e professora. Helen Keller foi
morar com o casal que continuou auxiliando-a em seus estudos e outras
actividades.
John Macy, Anne e Hellen
Antes de se formar, Helen Keller fez sua estreia na literatura
escrevendo a sua autobiografia: “A História de Minha Vida”, publicada em
1902, e em seguida no Jornalismo com uma serie de artigos no “Ladies
Home Journal”. A partir dessa data nunca mais parou de escrever. Nos
seus trabalhos literários, Helen usava a máquina de dactilografia
braille preparando os manuscritos. Depois copiava-os numa máquina de
dactilografia comum.
Polly Thompson foi contratada para cuidar da casa. Era uma jovem mulher
Escocesa que não tinha experiência com cegos ou surdos. Ela fez grande
progresso, passando mais tarde ao cargo de secretária e consequentemente
tornou-se companheira constante de Helen.
Depois do falecimento de Anne em 1936, Helen e Polly Thompson mudaram-se para Connecticut.
Em 1946, quando a Imprensa Braille Americana se transformou na American
Foundation for Overseas Blind (hoje Helen Keller International
Incorporated), Helen Keller foi eleita conselheira em relações
internacionais. Foi então que ela começou as suas viagens pelo mundo, em
beneficio dos cegos, facto esse que a tornou bem conhecida nos seus
últimos anos de vida. Entre 1946 e 1957, visitou 35 países em cinco
continentes.
Em 1955, quando tinha 75 anos, Helen Keller realizou mais uma das suas
longas e árduas viagens, durante cinco meses, através da Ásia. Por onde
viajou, sempre levou uma nova coragem para milhares de pessoas cegas e
muitos dos esforços para melhorar as condições entre os cegos no mundo
podem ser atribuídos directamente às suas visitas.
Helen em Bombaim, India em 1955
Polly Thompson teve um enfarte em 1957, e nunca conseguiu recuperar
completamente vindo a falecer em 1960. Winnie Corbally, que foi a
enfermeira contratada para cuidar de Polly, acabou ficando depois da sua
morte e tornou-se companheira de Helen até ao fim da sua vida.
Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de
diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da
Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul.
Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Em
reconhecimento ao estimulo que seu exemplo e presença deram aos
trabalhos para cegos nos países que visitou. Os governos do Brasil,
Japão, Filipinas e Líbano conferiram-lhe, respectivamente, as seguintes
condecorações: Ordem do Cruzeiro do Sul, do Tesouro Sagrado, do Coração
de Ouro e Medalha de Ouro de Mérito. Foi membro honorário de várias
sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco
continentes.
Helen com o Embaixador Brasileiro Walter Moreira Salles na embaixada de Washington
Uma grande honra foi também concedida a Helen Keller, em 1954, quando o
seu local de nascimento, Ivy Green, na Tuscumbia, foi transformado em
museu permanente. A cerimónia realizou-se a 7 de Maio de 1954, com a
presença de directores da "American Foundation for the Blind" e de
outras autoridades.
Casa onde nasceu
Mais compensadoras do que as inúmeras honrarias que recebeu foram as
relações de amizades que Helen Keller fez com a maioria das
personalidades proeminentes de seu tempo. Eram algumas figuras famosas,
de Grover Cleveland a Charlie Chaplin, de Nerhu a John F. Kennedy e
outros como Katherine Corvell, Van Wyck Brooks, Alexander Graham Bell e
Jo Davidson, os quais ela considerava como amigos.
Helen Keller e Winifred Corbally visitando John Kennedy em 1961
Em 1961 Helen Keller teve vários ataques cardíacos. Após essa altura,
Helen viveu tranquilamente em “Arcan Ridge”, onde recebia a família,
amigos íntimos e membros da American Foundation for the Blind e da
American Foundation for Overseas Blind (hoje Helen Keller International
Incorporated). Passava a maior parte do seu tempo a ler. Os seus livros
favoritos eram a Bíblia e volumes de poesia e filosofia.
Em 14 de Setembro de 1964, o presidente Lyndon B. Johson agraciou-a com a
Medalha Presidencial da Liberdade, uma das duas maiores honras para um
cidadão dos Estados Unidos. Em 1965, foi uma das vinte eleitas para o
Hall da Fama Feminina, na Feira Mundial de Nova Yorque. Helen Keller e
Eleanor Roosevelt receberam a maioria dos votos entre as cem mulheres
indicadas.
Helen morreu enquanto dormia em 1 de Junho de 1968 na sua casa. As suas
cinzas foram colocadas na Capela de São José na Catedral Nacional de
Washington D.C ao lado das suas constantes companheiras Anne Sullivan e
Polly Thompson.
No seu último adeus, o Senador Lister Hill, do Alabama, expressou o seu
sentimento e de todo o mundo quando disse a respeito de Helen Keller: -
“Ela viverá; ela foi um dos poucos nomes, imortais, que não nasceu para
morrer. Seu espírito perdurará enquanto o homem puder ler e histórias
puderem ser contadas sobre a mulher que mostrou ao mundo que não existem
limitações para a coragem e a fé”.
Fontes: http://helenkeller1880.vilabol.uol.com.br/;
http://frases.netsaber.com.br/; http://wikipedia.org/;
www.aloeveraja.com.br/; Grande Enciclopédia Larousse; outros
“As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente”. Helen Keller
Comentários
Enviar um comentário