A Revolução dos Cravos
Hoje comemoram-se os 36 anos da Revolução de 25 de Abril,
lembro-me bem desse dia, pouco depois de ter chegado à escola os
professores vieram avisar todos os alunos que devíamos voltar
imediatamente para casa, pois tinha havido uma revolução. Grande
novidade e excitação, primeiro porque não íamos ter aulas, o que nos
deixou muitíssimo satisfeitos e segundo porque mesmo sem compreendermos
bem o significado do que tinha acontecido, percebemos que era algo muito
importante.

Nesse dia 25 de Abril de 1974,
Portugal terminava definitivamente com quase meio século de opressão e
medo, decretava-se o fim da ditadura do Estado Novo. Um golpe de estado
militar derrubou, num só dia, o regime político que vigorava em Portugal
desde 1926. Os militares responsáveis por esta revolução, na sua
maioria capitães, tinham-se unido no chamado "Movimento das Forças
Armadas" (MFA), e na madrugada desse dia ocuparam os principais pontos
estratégicos da capital. De tarde, o presidente do Conselho, Marcelo
Caetano, rendia-se no Quartel do Carmo, cercado pelos carros de combate
do capitão Salgueiro Maia.
Este golpe desencadeado pelos
militares teve de tal maneira o apoio da população, que os comandantes
da operação não puderam conter a euforia que invadiu as ruas de Lisboa.
As pessoas tomavam as praças, ofereciam apoio e alimentos aos
revoltosos, e festejavam a perspectiva de liberdade, empunhando cravos
ao invés de armas. Era a "Revolução dos Cravos".

Foi uma Revolução especial onde os cravos foram o símbolo e a música o código para uma nova era, chegava finalmente a liberdade.
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